Instituições manifestaram indignação e repúdio ao assassinato do jornalista Romário Barros, de 31 anos, do portal Lei Seca Maricá. Ele foi morto a tiros na cidade do interior do Rio na noite desta terça-feira (18). A polícia está investigando o crime.
O jornalista será velado na Câmara de Vereadores de Maricá, a partir das 15h. O enterro será às 18h, no Cemitério Municipal de Maricá.
Romário é o segundo jornalista assassinado na cidade em menos de um mês. No dia 25, Robson Giorno, dono do jornal “O Maricá”, foi morto perto de sua casa.
A Prefeitura da cidade considerou o assassinato como “Um atentado contra a liberdade de expressão”. O município manifestou sua indignação e pediu investigação imediata e punição dos responsáveis.
“Maricá não é nem nunca será o santuário para delinquentes de qualquer espécie. Reforçamos nosso inteiro compromisso com a liberdade de imprensa e de expressão. Qualquer ato de violência deve ser repudiado. Reafirmamos ainda nossa permanente preocupação com a segurança de todos os que vivem e trabalham no município”, informou o município.
O Prefeito da cidade Fabiano Horta disse que: “É inaceitável que em menos de um mês a cidade esteja passando pela segunda morte de um jornalista. Vamos cobrar uma ação rápida e efetiva do Estado para que os crimes sejam solucionados e uma resposta seja dada às famílias e a sociedade”.
Fabiano destacou ainda: “Não aceitaremos a impunidade. O povo de Maricá cobrará uma resposta rápida e assertiva desses assassinatos. A cidade sente e manifestamos os sentimentos à família’, afirmou.
Luto
A Câmara de Vereadores de Maricá decretou luto de três dias pela morte do jornalista e emitiu uma nota repudiando o crime:
“Ataques à imprensa são verdadeiras afrontas ao Estado Democrático de Direito e à liberdade de expressão. Exige-se uma rápida apuração e punição aos envolvidos nestes dois crimes brutais ocorridos na cidade em menos de um mês.
A Casa de Leis é guardiã da democracia e da vontade popular. A imprensa é aliada dos princípios democráticos. Que o Estado e as autoridades policiais deem respostas rápidas à sociedade. Os vereadores prestam suas homenagens aos familiares neste momento de dor”.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro também lamentou e manifestou solidariedade à família do jornalista. Além disso, pediu medidas urgentes para elucidação do crime.
“O Sindicato dos Jornalistas reafirma que, apesar desta lamentável estatística de crimes contra jornalistas, nada vai calar a liberdade de Imprensa e o exercício da profissão.
No último dia 25, o proprietário do Jornal Maricá, Robson Giorno, também foi assassinado. São dois crimes contra jornalistas em menos de um mês, na mesma cidade de Maricá.
É hora de dar um basta na violência, na intolerância, naqueles que acham que pela força, pela violência, pelo assassinato, vão calar os jornalistas, vão intimidar a Imprensa, vão acabar com o direito constitucional da liberdade de expressão e da Democracia”.