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Entenda as suspeitas investigadas no desvio de verba para combate ao coronavírus no Rio que envolve Witzel

Entenda as suspeitas investigadas no desvio de verba para combate ao coronavírus no Rio que envolve Witzel

Por Rlagos Notícias

26 de maio de 2020

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Os mandados de busca e apreensão que geraram a operação em endereços ligados ao governador Wilson Witzel (PSC) na manhã desta terça-feira (26) foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça depois do depoimento do ex-subsecretário estadual de Saúde, Gabriell Neves.

Gabriell foi preso na Operação Mercadores do Caos, do MP do RJ e da Polícia Civil fluminense, que investiga suposta fraude na compra de respiradores pelo governo.

O ex-subsecretário ouvido por promotores, que encaminharam a documentação para o Superior Tribunal de Justiça.

’01 do Palácio’

Os contratos do governo Witzel na pandemia somariam mais de R$ 1 bilhão, entre a montagem de hospitais de campanha e aquisições de respiradores, máscaras e testes rápidos.

O site apurou que, em uma das conversas interceptadas pela Polícia Federal, investigados afirmaram que teriam que negociar com o “01 do Palácio” — uma possível referência ao governador Wilson Witzel.

Escuta cita o '01 do Palácio' — Foto: Reprodução/TV Globo

Os investigadores buscam provas de que o governador saberia do esquema do operador Mário Peixoto, preso pela Lava Jato no dia 14 de maio, suspeito de fraudes relacionadas a hospitais de campanha.

Mário Peixoto seria sócio oculto de várias empresas que possuem contratos com o governo do RJ. Uma delas é a Átrio Rio, envolvida em denúncias relacionada a contratos emergenciais.

Movimentação da Polícia Federal no Palácio Laranjeiras — Foto: Reprodução/TV Globo

O que disse Witzel

“Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal.

Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará.

A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada.

Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos.

Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro”

O que diz Mário Peixoto

“Não existe relação ilícita entre Mario Peixoto e o Governador Wilson Witzel. Qualquer acusação neste sentido é absolutamente descabida e irreal. Questões políticas não se misturam com questões jurídicas. Investigações policiais devem ter como norte a imparcialidade. Nenhuma empresa vinculada a Mario Peixoto contratou com o Governo do Estado, na área de saúde, durante a epidemia de Covid-19. Mário Peixoto não possui nenhuma relação com o IABAS. Alessandro Duarte é consultor da empresa Atrio, da qual Mario Peixoto já foi sócio (não é mais). No entanto, Alessandro possui empresas próprias, com atividades próprias, sem vinculação alguma com Mario Peixoto. Mario e o advogado Lucas Tristão são amigos, sendo que o escritório de Tristão já prestou serviços jurídicos à empresa ligada à família de Peixoto”.https://audioglobo.globo.com/widget/widget.html?podcast=702&color=C4170C

A Operação Placebo

Os agentes estiveram em endereços relacionados ao governador Wilson Witzel, a primeira-dama Helena Witzel, a Gabriell Neves e ao ex-secretário de Saúde Edmar Santos.

Os agentes da Polícia Federal passaram cerca de três horas no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador do Rio de Janeiro. Eles saíram levando malotes.

Os policiais também estiveram na sede da organização social Iabas, em São Paulo, e no escritório da empresa no Centro do Rio. A empresa é a responsável pela construção de sete hospitais de campanha. Os contratos são de R$ 836 milhões, sendo R$ 256 milhões já foram pagos.

Dos sete, apenas o hospital de campanha do Maracanã, na Zona Norte do Rio, foi concluído.

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Por Rlagos Notícias

26 de maio de 2020

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