Search
Close this search box.
Ferro-velho funciona em endereço de empresa que vendeu máscaras superfaturadas para a Prefeitura do Rio

Ferro-velho funciona em endereço de empresa que vendeu máscaras superfaturadas para a Prefeitura do Rio

Por Rlagos Notícias

26 de junho de 2020

Compartilhar no WhatsApp

Uma das empresas que venderam máscaras para a prefeitura durante combate à pandemia do novo coronavírus tem endereço fantasma em Araruama, na Região dos Lagos, como mostrou reportagem do RJ2 nesta quinta-feira (25)..

O Tribunal de Contas do Município do Rio (TCM) apontou possível superfaturamento em compras do município.

De acordo com a denúncia, a empresa RL Lagos negociou máscaras no valor de R$ 4 milhões, um sobrepreço de 4.700%, segundo o TCM.

De acordo com técnicos do tribunal, os itens saíam por R$ 0,10 antes da pandemia, mas no contrato com a prefeitura saíram por R$ 4, 80. Mais de 840 mil máscaras foram vendidas pela empresa.

Na Receita Federal, a RL Lagos informou um endereço onde funciona um ferro-velho. No local, há latinhas, carros, material para reciclar e nada de material hospitalar. A empresa tem nome fantasia de Cirúrgica Araruama e, no site, o endereço é o mesmo que estava na Receita Federal.

Moradores, que vivem no local há cerca de 30 anos, afirmam que não conhecem a empresa e que o terreno nunca teve esse tipo de estabelecimento. Eles disseram que não sabem onde a RL Lagos fabrica ou estoca as máscaras.

Por telefone, um homem que se identificou como advogado da empresa afirmou ao RJ2 que eles funcionam no mesmo endereço e prometeu mandar foto do estabelecimento, mas disse que só poderia enviar na semana seguinte.

De acordo com o TCM, existem sinais de superfaturamento nessas compras. Além disso, o tribunal apontou que o sobrepreço na compra de medicamentos e equipamentos de proteção pode ser acima de R$ 150 milhões.

Mais sobrepreço

A empresa Preciosa Distribuidora de Medicamentos vendeu remédios para pressão com indícios de faturamento, segundo o TCM, mas o representante legal da empresa negou a venda de medicamentos para a prefeitura.

O TCM afirma que 4 milhões de comprimidos de Carvedilol foram vendidos a R$ 0,25 cada e a compra deu R$ 1 milhão. Antes da pandemia do novo coronavírus, o medicamento era vendido a R$ 0,08, um valor 200% menor.

A prefeitura também comprou da Preciosa 1,5 milhão de comprimidos de Propanolou. Cada um foi vendido por R$ 0,22 e o valor total saiu por R$ 300 mil. Segundo o tribunal, antes da pandemia, a empresa vendia o comprido por R$ 0,01, o que significa que a prefeitura gastou 2.100% a mais.

De acordo com os documentos, a empresa também teria vendido o medicamento Propanolso para hipertensão com sobrepreço de 2.100%.

Além dos remédios, o município também adquiriu 100 mil capotes – capas de proteção – a R$ 27 cada, quase 700% a mais do que a Preciosa vendia antes da disseminação do novo coronavírus.

“O que foi vendido foi capote e abaixo do mercado. Medicamentos a preciosa jamais vendeu pra prefeitura. Quinze por cento abaixo de valor de mercado”, declarou Fabiano Reis, assessor jurídico da Preciosa.

O município já empenhou os valores das duas empresas. A LR Lagos deve receber em breve mais R$ 600 mil. Já a Preciosa já recebeu o pagamento de uma parte do contrato no valor de R$ 3,7 milhões.

Compartilhar no WhatsApp

Por Rlagos Notícias

26 de junho de 2020

Search
Close this search box.

Faça parte do maior grupo exclusivo de noticias da região!

Nosso grupo te da acesso exclusivo as noticias mais quentes e recentes do momento sobre tudo que buscar!