Guardas civis municipais realizaram um protesto nesta sexta-feira (5) em Araruama, na Região dos Lagos do Rio, para pedir o afastamento da atual comandante da categoria, Flavia Corrêa. Este é o segundo protesto realizado pelos guardas neste ano.
O protesto percorreu as ruas da cidade saindo da Praça da Bíblia passando pelo Fórum, Prefeitura e encerrando no Posto da GCM da Praça. Os servidores se caracterizaram com nariz de palhaço.
Segundo os participantes do movimento, o uso do acessório foi em resposta a uma publicação da comandante que, segundo eles, faz referência ao primeiro protesto realizado. A publicação diz “o circo só pega fogo quando você dá confiança para o palhaço”.
De acordo com a Associação de Guardas Civis de Araruama e Região dos Lagos, cerca de 40 guardas participaram do protesto. Os guardas destacaram que não estão contra o Executivo, mas protestam contra o comando que consideram arbitrário e perseguidor.
Entre as alegações do servidores, estão assédio moral e perseguição política vindas da comandante.
“Estamos manifestando contra o atual comando da GCM porque precisamos ser ouvidos pelo Executivo. Temos diversas reivindicações que não chegam até à prefeita porque a comandante dificulta esse diálogo” disse um guarda que não quis se identificar.
A classe informou que, no dia 7 de janeiro, a classe, por meio da Associação dos Guardas Civis de Araruama protocolaram no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), uma solicitação de afastamento da comandante.
A Prefeitura de Araruama informou que “um protesto com o máximo de 24 pessoas, em que apenas 12 são guardas da cidade, não representa a Guarda Civil de Araruama”. O município disse ainda que a comandante Flavia Corrêa é um profissional concursada, com 23 anos de trabalho e a primeira mulher da guarda.
O município destacou que a comandante é firme e determinada e que busca fazer o seu trabalho com excelência. A nota da Prefeitura diz ainda que a comandante tem exigido o trabalho necessário da corporação em relação à segurança da população, ao cumprimento do horário de serviço pela guarda e o cumprimento das medidas contidas no regulamento da guarda.
O município finalizou dizendo que a comandante representa as mulheres à frente do comando da Guarda Civil e que, “pelo fato de ser mulher, vem enfrentado o preconceito daqueles que não mereceram essa honra”.