O vereador cabofriense Thiago Vasconcelos usou uma rede social para se dizer vítima de “fake news”, ao tentar desmentir que votou contra o requerimento do vereador João Roberto de Jesus, que obrigaria o governo a informar sobre as compras de remédios e insumos feitas no período de outubro de 2020 a março de 2021 pela prefeitura.
O vereador, entretanto, foi vítima da verdade. O voto dele formou maioria para impedir o acesso a uma série de informações que deveriam ser públicas, mas que a bancada aliada que sustenta o governo e por ele é sustentada, ajudou a esconder.
Thiago não foi o único. Alexandre Marques Cordeiro, Jean Carlos Estevão, Josias Rocha Medeiros, Leonardo Mendes, Rodolfo Aguiar, Thiago Vasconcelos Leite e Vanderson Bento, seguiram, fielmente, o lider do governo, Davi dos Santos Souza e as ordens de José
Bonifácio na votação que derrubou o requerimento. Nesta quinta-feira, arrependido ou assustado com a repercussão negativa da rejeição ao requerimento o vereador criou uma narrativa sem sentido para justificar o injustificável e antiga tática de culpar os mensageiros pelas notícias ruins. Thiago acusou o RLagos de produzir uma fake news ao noticiar que a bancada aliada blindou José Bonifácio e votou contra a transparência nas contas públicas.
Basta assistir a sessão da Câmara nas redes sociais para que a versão do vereador se mostre mais falsa que uma nota de R$ 3. A justificativa no vídeo divulgado hoje é de causar vergonha alheia. O vereador praticamente abre mão do trabalho e da obrigação dele que é fiscalizar os gastos públicos para ensinar a população a acessar o portal da transparência da prefeitura.
O vereador esquece de dizer, entretanto, que no site não tem as informações que eram pedidas no requerimento, entre elas, a relação por nome dos remédios e ou insumos adquiridos e as respectivas indicações; a forma de aquisição; valor; identificação e contato da empresa onde foi feita a compra; cópias de notas fiscais de cada compra; em caso de licitação nome de pelo menos 3 empresas que participaram e os locais para onde se destinou cada medicação e ou insumo.
É preciso que alguém conte ao vereador que ainda não descobriu depois de cem dias de mandato, que de acordo com a Escala Brasil Transparente – Avaliação 360º da Controladoria Geral da União, Cabo Frio ocupa o lugar número 212 em transparência entre 665 municípios que tiveram o Portal da Transparência avaliados. Isso é uma vergonha para um governo que na campanha dizia que transparência seria prioridade e mais, ainda, para uma Câmara que gosta de se dizer diferente das que se calaram e viraram capacho de governos passados.