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Delegado preso comandou operação falsa para prender quem o investigava em Petropólis

Delegado preso comandou operação falsa para prender quem o investigava em Petropólis

Por Rlagos Notícias

30 de junho de 2021

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 O delegado Maurício Demétrio, preso na manhã desta quarta-feira (30) pelo Ministério Público, por suspeita de cobrar propina de comerciantes de produtos falsificados em Petrópolis, é apontado também como o mentor de uma operação falsa, realizada em março, com a intenção de obstruir e enfraquecer investigações que já estavam em andamento contra ele e seu grupo.

Demétrio chegou a envolver e prender em flagrante o delegado Marcelo Machado, quem justamente o investigava. Machado foi solto logo após pagar fiança.A operação falsa, denominada pela Delegacia de Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) como ‘Raposa no Galinheiro’, teve ampla divulgação na imprensa.

Titular da especializada na época, Maurício apontou o delegado Marcelo Machado como “operador de um grupo criminoso composto por outros quatro delegados”, que supostamente confeccionavam roupas falsas. Machado, que na época estava lotado no Setor de Investigações Complexas, investigava justamente a atuação de Demétrio.

A denúncia do Ministério Público aponta que o grupo de Demétrio forjou conversas de Whatsapp se passando por interessados em adquirir camisetas fabricadas pela confeccção que pertence a Marcelo Machado e seu sócio, Alfredo Dias Babylon. Os produtos encomendados foram usados para incriminar Machado na operação falsa. O Gaeco, no entanto, percebeu que a representação contra Machado foi feita e apresentada em data anterior à encomenda das camisas, antes mesmo de elas existirem.

“Ao incriminar falsamente o colega Marcelo Machado e seu sócio Alfredo e caluniar outros delegados e testemunhas, cujos nomes nem mesmo constavam no inquérito policial e na medida cautelar que levaram à deflagração da operação, Maurício Demétrio agiu para retirar a credibilidade das testemunhas e a fiabilidade dos relatos já prestados, impingir mácula falsa à atuação dos investigadores e coagir moralmente estes indivíduos, embaraçando as investigações em curso”, aponta a denúncia do MP.

Operação falsa teve segunda fase, abortada após chegada do Ministério Público

A operação ‘Raposa no Galinheiro’ ainda teve uma segunda fase, esta em Petrópolis. O MPRJ aponta que o argumento de Demétrio era o combate à pirataria nas lojas da região, mas a ida à Região Serrana se deu para coagir testemunhas e demonstrar poder, “de modo a desestimular a colaboração de novas testemunhas”.

A operação contava com caminhão, motorista e equipes de carregadores, mas terminou antes do programado: quando o Ministério Público compareceu ao local e determinou que as ocorrências fossem apresentadas na 105ª DP (Petrópolis), e não na DRCPIM, Maurício Demétrio abortou a operação, abandonando o material apreendido e retornando com a equipe para o Rio.

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Por Rlagos Notícias

30 de junho de 2021

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