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Dos sete mortos identificados em São Gonçalo, três não têm antecedentes por tráfico de drogas

Dos sete mortos identificados em São Gonçalo, três não têm antecedentes por tráfico de drogas

Por Rlagos Notícias

22 de novembro de 2021

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Pelos menos três homens mortos durante uma ação da Polícia Militar na localidade da Palmeira, no Complexo do Salgueiro, não tem anotações criminais por tráfico de drogas. Dos oito corpos encontrados por moradores em uma região de mangue na comunidade e levados para o Instituto Médico-Legal (IML), sete já foram reconhecidos por familiares. Desses, quatro eram investigados em inquéritos. O delegado Bruno Cleuder, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSGI), abriu um inquérito e o Ministério Público Rio, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Niterói e São Gonçalo, instaurou um Procedimento Investigatório Criminal para investigar o caso.

Dos sete identificados, Rafael Menezes Alves, de 28 anos, figura como testemunha e envolvido em uma investigação que apurava tráfico de drogas e corrupção de menores; Carlos Eduardo Curado de Almeida, de 31, possui três anotações criminais, por tráfico, receptação, falsa identidade, desobediência e ameaça; Ítalo Georde Barbosa Govea Rossi possui seis anotações por porte ilegal de arma, homicídio qualificado, tráfico, associação e corrupção ativa; e Jhonata Klando Pacheco Sodré, de 28, tem anotações por roubos e tráfico no Pará. David Wilson de Oliveira, de 23, e Kaua Brener Gonçalves, de 17, não aparecem como autores ou envolvidos em nenhum outro crime. Já Elio da Silva Araújo, de 52 anos, respondeu a um processo por esbulho possessório, que foi extinto em 2013.

As mortes ocorreram um dia após o sargento da PM Leandro Rumbelsperger da Silva, de 40 anos, ser assassinado, durante um patrulhamento no Complexo do Salgueiro. Segundo o tenente-coronel Major Blaz, a grande maioria dos mortos estavam vestidos com roupas ou itens de camuflagem:

— As primeiras informações dão conta de que esses mortos, em sua grande maioria, estão com roupa camufladas. Fardas de combate, cinto de guarnição, coldres. Essas informações vão de acordo com que os policiais do Bome afirmaram. Já tive acesso a essas imagens, que são muito fortes, e que co-substanciam essa fala. Já temos um criminoso identificado – vulgarmente conhecido como 2k e era foragido da Justiça. A perícia que realmente fará a identificação positiva desses corpos. Sem ser a senhora na última sexta não há nenhuma informação nesse sentido (de moradores feridos ou mortos).

— Todo mundo gostava dele. Era um irmão bom. Não entendemos o que aconteceu. Minha mãe está a base de remédios com essa tragédia — disse a estudante Kailane Jully Gonçalves, de 15 anos irmã de Kauã.

A funcionária pública Cleonice da Silva Araujo, de 56 anos, veio de Maricá, para acompanhar a retirada do corpo do irmão, Élio da Silva Araujo.

— Aqui ninguém tinha nada contra ele. Se fosse um tiro eu até aceitava. Mas eles degolaram o meu irmão. Infelizmente, a justiça funciona assim. Ele morava aqui há 10 anos. Enquanto continuarem assim, muitas vítimas serão mortas desse jeito — disse.

Já desempregada Milena Menezes Damasceno, de 35 anos, irmã de Rafael Menezes Alves, diz que o rapaz trabalhava como ajudante de pedreiro:

— Meu irmão era nascido e criado aqui. Ele era ajudante de pedreiro e estava na rua quando tudo aconteceu. Ele estava bebendo com os amigos quando os policiais arrastaram ele e fizeram isso.

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Por Rlagos Notícias

22 de novembro de 2021

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