Familiares de Lohan Pinheiro, morto em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, querem justiça. O mecânico foi baleado por um policial militar na tarde de sábado (3), no bairro Miguel Couto. Ele chegou a se socorrido para o Hospital da Posse, mas não resistiu aos ferimentos.
Robert Silva Pinheiro, irmão de Lohan, contou nesta quarta-feira (7) no Bom Dia Rio que o irmão foi morto pelo PM ao passar na entrada de uma festa para comprar batata. Segundo Robert, o PM atirou em Lohan depois de revistar o mecânico.
O irmão que Lohan teria acelerado a moto e o policial, que não teve o nome divulgado, atirou duas vezes nas costas do rapaz. Lohan ainda conseguiu ir até em casa para pedir ajuda aos parentes.
“A gente só quer justiça. Todo mundo sabe que meu irmão era trabalhador. Meu irmão nunca precisou mexer em nada de ninguém. Moleque bom. O cara mais puro que eu já conheci na minha vida. Meu maior ídolo é o meu irmão. Te amo, Lohan”, desabafou Robert.
Na versão do PM, informada pela Secretaria de Polícia Militar, o policial reagiu a uma tentativa de assalto. Ou seja, o caso teria sido uma ação em legítima defesa. O PM alegou que Lohan e outros dois amigos teriam tentado assaltar o policial.
Além de Lohan, o Hospital da Posse informou que foram baleados Wanderson Patrick dos Santos, de 27 anos, e Geovane de Carvalho, 32, baleado na mão. O caso é investigado pela 58ª DP (Posse).
Protesto
Moradores de Nova Iguaçu fizeram um protesto nesta terça-feira (6) após a morte do mecânico.
Os manifestantes colocaram fogo em um ônibus, interditaram uma via e o Corpo de Bombeiros e policiais miliares precisaram ser chamados.
O comando do 20° BPM (Mesquita) informou que um ônibus foi incendiado durante o protesto na Estrada Santa Bárbara, no bairro Miguel Couto.
Ainda segundo os policiais, a situação foi controlada e o policiamento reforçado na região da manifestação.