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Veja como agia a “Gangue da Hilux” na Região dos Lagos, presa pela polícia durante uma operação no Espírito Santo; Quadrilha chegou a agir em aeroportos

quadrilha DA HILUX NA CADEIA

Veja como agia a “Gangue da Hilux” na Região dos Lagos, presa pela polícia durante uma operação no Espírito Santo; Quadrilha chegou a agir em aeroportos

A quadrilha operava com precisão cirúrgica, selecionando cuidadosamente suas vítimas em áreas nobres da Região dos Lagos, como Cabo Frio e Macaé.

Por Rlagos Noticias

23/02/2024 11h04 -

Atualizado há 7 meses atrás

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Integrantes da quadrilha conversando em um restaurante no Espirito Santo - Foto: Reprodução/ Rlagos Notícias

RIO – Uma operação policial meticulosamente planejada culminou na prisão de membros de uma quadrilha especializada no furto de veículos de luxo, especificamente modelos Toyota Hilux, causando um impacto financeiro superior a 9 milhões de reais. Esta operação, resultado de uma colaboração interagências, incluiu esforços da Polícia Civil do Rio de Janeiro, da Agência de Inteligência do 25º Batalhão de Polícia Militar, do Batalhão da Polícia Militar Rodoviáriada Polícia Rodoviária Federal, da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Governador Valadares, e dos Serviços de Inteligência da Polícia Militar do Espírito Santo.

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O Portal Rlagos Notícias obteve, com exclusividade, acesso ao relatório da Polícia Federal, desvendando os meandros de uma operação policial que resultou na prisão de membros da chamada Gangue da Hilux.

A quadrilha operava com precisão cirúrgica, selecionando cuidadosamente suas vítimas em áreas nobres da Região dos Lagos, como Cabo Frio e Macaé. Utilizavam tecnologia avançada, incluindo dispositivos emuladores de chaves, que permitiam o acesso rápido e silencioso aos veículos visados. Uma vez dentro, os criminosos desativavam os sistemas de alarme e partida, levando os carros em questão de segundos.

Vídeo:

Os veículos furtados eram então transportados para locais previamente determinados, onde as placas originais eram substituídas por placas clonadas, facilitando o deslocamento inter-estadual sem levantar suspeitas. Essa etapa era crucial para a posterior venda ou transferência dos veículos furtados, muitos dos quais se acredita estarem destinados ao Paraguai.

A operação que levou à captura dos membros da gangue foi o resultado de uma colaboração sem precedentes entre diversas forças de segurança, incluindo a Polícia Civil, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPRV), além de unidades de inteligência de outros estados. A análise de padrões de furtos e o compartilhamento de informações foram fundamentais para identificar e localizar os criminosos.

Um ponto de virada na investigação ocorreu com a recuperação de um veículo furtado, que levou à identificação de Paulo Cezar da Silva Junior, já falecido, mas anteriormente envolvido em furtos similares. Isso permitiu à polícia traçar conexões com outros membros da quadrilha e seus métodos operacionais.

A colaboração entre as agências permitiu ainda a identificação de veículos usados pelos criminosos em suas operações, facilitando a montagem de um quadro completo das atividades da quadrilha. Alertas da PRF sobre movimentos suspeitos de veículos ligados aos criminosos em Guarapari-ES desencadearam uma operação coordenada que resultou na captura dos principais membros do grupo.

A captura da Gangue da Hilux não apenas interrompeu uma série de furtos na Região dos Lagos mas também destacou a eficácia da cooperação interagencial no combate ao crime organizado. A operação revelou a importância da tecnologia e da inteligência na solução de crimes complexos, bem como a necessidade de vigilância contínua contra quadrilhas que operam com alto grau de especialização e planejamento. As investigações continuam, com o objetivo de identificar todos os envolvidos e recuperar os veículos furtados, garantindo a segurança e a tranquilidade da região.

Veja quem é quem e qual a função na quadrilha

  • Paulo Cezar da Silva Junior
Paulo Cezar da Silva Junior morto em 2023 – Foto: Reprodução

(falecido antes da operação): Anteriormente preso em setembro de 2023 por furto de veículos Hilux em Minas Gerais, Paulo Cezar atuava como um dos operacionais no furto de veículos, demonstrando a conexão de longa data entre os membros da quadrilha. Sua morte não encerrou as atividades do grupo, que continuou operando até a recente captura.

  • Teofilo Alves Rodrigues
Teofilo Alves Rodrigues – Foto: Reprodução

Mecânico profissional e proprietário da oficina mecânica WT Car Lanternagem e Mecânica, Teofilo tinha papel crucial na logística e na operacionalização dos furtos. Sua oficina, possivelmente, servia como ponto de apoio para as atividades criminosas, incluindo a modificação ou desmanche dos veículos roubados.

  • Edgard de Almeida Silva
Edgard de Almeida Silva – Foto: Reprodução

Também mecânico e dono da oficina Edy Car, Edgard desempenhava função semelhante à de Teofilo, fornecendo suporte operacional e técnico para o furto e o manejo dos veículos. Foi identificado como responsável pelo desbloqueio do alarme de uma Hilux furtada em Iriri Anchieta-ES, indicando sua participação ativa nos furtos.

  • Jonathan Pereira Bertolino
Jonathan Pereira Bertolino – Foto: Reprodução

Embora a função específica de Jonathan na quadrilha não seja detalhada, sua prisão junto aos demais sugere um papel significativo na execução dos furtos ou no suporte logístico da operação criminosa.

  • André Viana Silva
André Viana Silva – Foto: Reprodução

Similar a Jonathan, a participação de André indica envolvimento nas operações diretas de furto ou em atividades de apoio, contribuindo para a eficácia e sucesso dos crimes cometidos pela quadrilha.

  • Francimar Fabio Lisbora Alves Junior
Francimar Fabio Lisbora Alves Junior – Foto: Reprodução

Identificado em apoio a Edgard durante o furto de uma Hilux, Francimar estava diretamente envolvido na execução dos furtos. A captura dele com a camisa usada durante um dos crimes reforça sua participação ativa no grupo.

A quadrilha especializada no furto de veículos Toyota Hilux operava com uma precisão e coordenação que desafiavam as estratégias convencionais de segurança, exibindo um modus operandi altamente especializado na Região dos Lagos. A eficácia dos criminosos não residia apenas na escolha de suas metas — veículos de luxo conhecidos por sua robustez e valor de revenda — mas também na meticulosa preparação e execução de cada furto.

Apesar das dificuldades iniciais em capturar os criminosos em flagrante, a disseminação de informações entre as diferentes agências de segurança pública permitiu a identificação e a prisão dos líderes e membros ativos da quadrilha. A operação destacou a importância da colaboração interagencial e do uso de inteligência e tecnologia avançada no combate ao crime organizado.

As investigações continuam, com o objetivo de desmantelar completamente a rede criminosa e recuperar os veículos furtados, além de identificar possíveis receptadores dos carros no Brasil e no exterior. A captura dos membros da quadrilha não apenas interrompe uma série de crimes na Região dos Lagos mas também serve como um alerta para a necessidade de medidas de segurança mais robustas e adaptativas para proteger veículos de alto valor.

A polícia chegou aos criminosos da quadrilha especializada em furtos de veículos Toyota Hilux através de uma investigação minuciosa que combinou tecnologia, inteligência de dados e cooperação interagencial. O processo começou com a recuperação de um veículo furtado em Goiás, que havia sido originalmente subtraído em Cabo Frio. A identificação de uma placa clonada usada pelos criminosos para transportar o veículo para Goiás foi crucial, permitindo às autoridades mapear a rota utilizada e integrar esforços com diversas agências de segurança pública.

câmeras evidenciam modus operandi com alto gral de especialização – Foto: Reprodução

Etapas Chave da Investigação e Captura:

  1. Integração de Dados: Informações sobre os furtos e as rotas dos veículos foram compartilhadas entre diferentes forças de segurança, incluindo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil, e unidades de inteligência de vários estados.
  2. Monitoramento e Inteligência: Utilizando os dados recolhidos, as autoridades realizaram um trabalho preventivo de monitoramento, focando nas áreas onde a quadrilha atuava, principalmente na Região dos Lagos e posteriormente no Espírito Santo.
  3. Identificação dos Suspeitos: A investigação se aprofundou no histórico de Paulo Cezar da Silva Junior, um dos integrantes já falecido, revelando conexões com outros membros da quadrilha. Veículos usados pelos criminosos para locomoção e operações de furto foram identificados, permitindo a localização de seus usuários.
  4. Alerta da PRF e Ação Coordenada: Um alerta da PRF sobre a chegada de um dos veículos suspeitos em Guarapari-ES iniciou uma operação coordenada. A inteligência do 10º BPM de Guarapari foi notificada, levando à mobilização de diversas agências.
  5. Captura dos Criminosos: A operação resultou na prisão de Teofilo Alves Rodrigues, Edgard de Almeida Silva, Jonathan Pereira Bertolino, André Viana Silva, e Francimar Fabio Lisbora Alves Junior, todos integrantes da quadrilha, responsáveis por diversas funções dentro do grupo, desde o desbloqueio dos alarmes até o apoio logístico.
  6. Uso de Tecnologia Especializada: A quadrilha utilizava dispositivos avançados para emular as chaves dos veículos, permitindo um acesso rápido e eficaz aos carros furtados. Câmeras de segurança registraram a agilidade dos criminosos, demorando apenas segundos para desarmar o alarme e dar partida nos veículos.
  7. Logística de Movimentação dos Veículos Furtados: Após o furto, os veículos eram levados para locais provisórios onde as placas originais eram substituídas por placas clonadas, facilitando o transporte inter-estadual e preparando-os para venda ou transferência para outros estados e potencialmente para o Paraguai.

Agindo nos Aeroportos do Brasil

Antes de sua captura, a “Gangue da Hilux” instigou uma série de medidas de segurança extraordinárias em aeroportos por todo o Brasil, ilustrando um capítulo fascinante e preocupante da criminalidade organizada focada em furtos de veículos de luxo. O Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte (MG), tornou-se emblemático dessa luta, implementando um sistema de travamento de rodas específico para modelos Toyota Hilux após uma sequência de roubos audaciosos.

Diante do crescente número de furtos, a administração do Aeroporto de Confins adotou uma medida preventiva peculiar: a instalação de travas de pneu em todos os veículos Hilux que estacionavam em seu recinto. Essa iniciativa, pioneira e um tanto surpreendente para os desavisados proprietários desses veículos, refletia a urgência em combater as ações da gangue que operava não só em Minas Gerais, mas em estados como Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

Trava de roda em modelos Hilux no Aeroporto de Confins (MG): medida contra roubos
Trava de roda em modelos Hilux no Aeroporto de Confins (MG): medida contra roubos — Foto: Reprodução / jornalista Jorge Moraes

Os proprietários dos veículos alvos eram recebidos com um aviso ao retornarem ao estacionamento, informando sobre a medida de segurança adotada e orientando sobre os procedimentos para a retirada das travas. A BH Airport, responsável pelo aeroporto, esclareceu que tal medida visava ampliar a segurança, destacando a colaboração contínua com as autoridades para implementar estratégias eficazes contra esse tipo específico de crime.

A operação coordenada pela Polícia Civil do Espírito Santo, que contou com fases em agosto e setembro, resultou na prisão de seis membros da quadrilha e na execução de mandados de busca e apreensão. As investigações revelaram que o grupo tinha uma organização meticulosa, com divisões claras de tarefas que incluíam comando, administração financeira, recrutamento, além do próprio roubo e furto dos veículos.

O delegado Luiz Gustavo Ximenes, à frente da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos, descreveu o modus operandi da quadrilha, detalhando o uso de um dispositivo conhecido como “rastre” para destravar os carros. Este método permitia não apenas o acesso ao veículo mas também a manipulação do sistema de start-stop, facilitando a remoção dos veículos do estacionamento sem levantar suspeitas.

A ação decisiva das autoridades não apenas neutralizou uma ameaça significativa à segurança dos proprietários de Hilux mas também forçou uma revisão das medidas de segurança em infraestruturas críticas, como os aeroportos. O legado dessa saga se reflete na conscientização sobre a vulnerabilidade de veículos de luxo a furtos organizados e na necessidade de cooperação contínua entre as entidades de segurança e a administração de terminais aéreos para garantir a proteção de bens e pessoas.

A “Gangue da Hilux”, com sua queda, deixou para trás um rastro de desafios e aprendizados, mostrando que a inovação na criminalidade demanda respostas igualmente inovadoras e adaptativas por parte das autoridades e da sociedade.

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23 de fevereiro de 2024

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