ARARUAMA – Em um desfecho que agitou as discussões sobre o sistema de justiça e investigações policiais, o policial militar Alan Marques de Oliveira e Cleisener Vinício Brito Guimarães, conhecido como Kekei, foram absolvidos da acusação de assassinato do jornalista Leonardo Pinheiro, mais conhecido como Léo Pinheiro. O julgamento, que se estendeu por 12 horas, ocorreu no Tribunal do Júri de Niterói e concluiu um período de três anos de prisão e investigação dos réus.
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Leonardo Pinheiro, de 39 anos, uma figura ativa em projetos sociais e no jornalismo local de Araruama, foi morto a tiros em maio de 2020, um crime que chocou a Região dos Lagos pela violência e pelo potencial político da vítima, que era pré-candidato a vereador. A execução ocorreu enquanto Pinheiro entrevistava moradores no bairro Parati, momento que acabou sendo o último de sua contribuição comunitária.
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Durante o julgamento que teve início na tarde da última terça-feira (31), a defesa do policial militar apresentou argumentos que colocaram em xeque a condução do inquérito pela 118ª DP de Araruama. Alegou-se má gestão do processo investigativo, direcionando as críticas para uma suposta precipitação da Polícia Civil na acusação. Segundo Felipi Roulien, um dos advogados de defesa, ficou comprovado para os jurados que Alan Marques não tinha nenhuma conexão com o homicídio.
Roulien destacou que o inquérito sofreu de uma fragilidade estrutural, pontuando o que ele considerou um “imediatismo” das autoridades responsáveis pela investigação. A insinuação de que houve uma pressa em incriminar um culpado, mesmo que isso custasse a precisão e a justiça, foi um dos pilares da defesa.
A absolvição de ambos os acusados traz alívio para os réus e seus familiares, mas também renova o debate sobre a eficácia e a integridade das investigações criminais no país. Enquanto a defesa comemora a decisão, o Ministério Público não se dá por vencido e já moveu recursos contra a sentença da juíza. Este recurso indica que o caso, apesar da decisão recente, está longe de ser encerrado e permanecerá sob o escrutínio público e jurídico nos próximos meses.
A comunidade de Araruama e os colegas de profissão de Leonardo Pinheiro aguardam por justiça e respostas mais conclusivas, enquanto o sistema judicial continua a ser desafiado a demonstrar sua capacidade de discernir a verdade em meio a complexidades e reivindicações de inocência.
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