Na segunda-feira, durante as exéquias de Paula Ribeiro Menezes Costa, militante histórica do PDT de 65 anos, e de Clayton Damaceno, pré-candidato a vereador, ambos vítimas de um assassinato brutal em Queimados, Baixada Fluminense, o deputado federal Max Lemos manifestou sua preocupação e ação imediata. O parlamentar, visivelmente abalado, anunciou ter solicitado uma audiência com o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, para discutir a alarmante frequência de assassinatos políticos na região.
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Paula Ribeiro, além de ter um papel central na campanha de Damaceno, era uma figura emblemática no PDT, dedicando mais de três décadas ao partido. Não foi a única vítima política na cidade recentemente. Em agosto, Ramon Henrique Durães Lima, 37 anos, comerciante e também ativista político, foi morto a tiros em seu comércio no Bairro Fanchem, marcando outra perda significativa para a comunidade.
Max Lemos, aguardando a confirmação da audiência pelo Ministério da Justiça, expressou sua determinação em buscar justiça e segurança. Ele enfatizou a necessidade de uma resposta rápida e eficaz, indicando até a possibilidade de envolvimento da Polícia Federal, caso necessário.
No Rio, a Baixada Fluminense, local de disputa entre as milícias, se consolidou como a região mais perigosa para quem ocupa cargo eletivo ou está em campanha para tal. Mais de 72% dos casos no estado (31 de 43) ocorreram nos 13 municípios da região, onde vivem cerca de 4 milhões de habitantes. Isso sem contabilizar os casos que teriam ocorrido em Queimados. Magé foi a cidade com o maior número de políticos mortos, dez no total, seguida por Duque de Caxias, com sete. A lista tem Nova Iguaçu (5), Seropédica (4) e Nilópolis (3), todas na Baixada. Houve ainda dois casos em São Gonçalo, além de um em Niterói e um em Itaboraí — as três na Região Metropolitana. Rio Claro, com uma execução, é a única representante do interior.
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O cenário na Baixada Fluminense é de crescente inquietação. Esta região, marcada pela atuação de milícias e disputas violentas, tornou-se uma das mais perigosas para políticos e candidatos. A prevalência de violência política é alarmante, com mais de 72% dos assassinatos no estado ocorrendo nessa área, onde vivem aproximadamente 4 milhões de pessoas. Magé lidera a lista sombria, seguida por Duque de Caxias e outras cidades locais.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense está investigando o duplo assassinato, sem descartar nenhuma linha de investigação, incluindo a possibilidade de um crime político ou conexões com a guerra entre tráfico e milícia. Testemunhas e imagens de segurança já apontam para a participação de pelo menos quatro indivíduos no crime, sugerindo uma operação organizada e premeditada.
A hipótese principal é que Clayton Damaceno era o alvo dos assassinos. Detalhes do ataque revelam a brutalidade dos criminosos, que não hesitaram em executar Paula Ribeiro, ferida no local. Damaceno, conhecido por suas ligações políticas, inclusive com o prefeito de Belford Roxo, teve um histórico de trabalho na prefeitura e na secretaria de Educação.
Amigos e familiares lamentam a perda de Paula Ribeiro, descrita como uma mulher apaixonada pela política e influente no convencimento de eleitores. Seu funeral, no Cemitério Municipal de Queimados, foi marcado pela presença da bandeira do PDT e da camisa do Flamengo, simbolizando suas paixões. A comunidade, agora de luto, aguarda ansiosamente por respostas e justiça em face desses atos violentos que ameaçam a democracia e a paz na região.
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