QUEIMADOS, RJ – A cidade de Queimados, na Baixada Fluminense, está sob o foco das atenções após os assassinatos do empresário e pré-candidato a vereador Clayton Damasceno Pereira, 45 anos, e sua secretária e coordenadora de pré-campanha, Paula Ribeiro Menezes Costa, 65 anos. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) conduz as investigações para determinar se os crimes, ocorridos no último sábado (28), têm motivações políticas.
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O ataque fatal ocorreu na Rua Olímpia Silva, no bairro Inconfidência, depois de um dia de campanha eleitoral. Clayton e Paula foram surpreendidos por volta das 23h por criminosos que efetuaram diversos disparos contra eles enquanto estavam próximos a uma sorveteria, situada perto da praça da Bíblia.
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Os sepultamentos de ambos foram marcados pelo luto e pela presença da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Clayton, que completou 45 anos na sexta-feira (27), foi enterrado no Cemitério Municipal de Queimados neste domingo. Paula será sepultada nesta segunda-feira (30), no mesmo cemitério.
As ações políticas de Clayton, voltadas à crítica da gestão municipal atual, sob a liderança do prefeito Glauco Barbosa Hoffman Kaizer (Solidariedade), são consideradas como um possível fator para os crimes. Testemunhas relataram à polícia que um carro se aproximou e efetuou os disparos. Clayton foi levado à UPA de Queimados, enquanto Paula foi inicialmente atendida na UPA de Austin e depois transferida para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, onde ambos vieram a falecer.
Clayton Damasceno Pereira era aliado de Fábio Sperendio de Oliveira, policial militar e pré-candidato a prefeito de Queimados pelo partido Republicanos, e do prefeito de Belford Roxo, Wagner dos Santos Carneiro, conhecido como Waguinho, do mesmo partido. As redes sociais dessas figuras políticas se tornaram espaços de homenagens e luto.
A trágica sequência de eventos ganha um contorno ainda mais alarmante diante das informações do Instituto Fogo Cruzado. Na Baixada Fluminense, de 2016 a 2022, 35 políticos foram assassinados. Este dado reforça a preocupante tendência de violência política na região, onde 74% dos políticos baleados em toda a Região Metropolitana foram vítimas de ataques.
O caso segue sob investigação da DHBF, que trabalha para esclarecer todas as circunstâncias e motivações por trás desses brutais assassinatos, enquanto a comunidade local e os entes políticos aguardam por respostas e por justiça.
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