Cerca de cinco horas antes da bola rolar, os argentinos chegavam juntos, conforme orientação preliminar. Imagens chamaram a atenção pelo “mar” azul e amarelo que se formou na Avenida Rei Pelé, nas proximidades do estádio.
A confusão começou um pouco depois das 13h, quando os portões do estádio já estavam abertos. O esquema de acesso foi fracionado, com uma subdivisão dos torcedores em pequenos grupos, o que gerou incômodo principalmente às famílias que estavam juntas.
Segundo relatos, os argentinos ficaram “encurralados” por cerca de uma hora e meia antes antes de passar pela revista e, enfim, acessar o estádio.
No meio do conglomerado, alguns tentaram ultrapassar a área protegida por gradis e foram contidos pela Polícia Militar que estava próxima da entrada E, no setor Norte.
– O tratamento da polícia é muito ruim. A torcida do Boca veio organizada e de forma tranquila. O tratamento não é humano. Jogaram gás lacrimogênio na nossa cara, separaram as famílias. E não nos deixam passar. Meu filho está lá e não o deixam passar – disse a torcedora Sonia Lara.
– O que estão fazendo é crime. Não nos deixam passar, eu tenho ingresso. As pessoas estão desmaianda. Não tem ninguém que organize. É uma vergonha – reclamou outro torcedor.
Informações dão conta que parte dos torcedores que tentaram a invasão estavam sem ingresso e se deslocaram ao estádio com a justificativa de que não teriam um espaço para assistir à partida – existia a expectativa por um telão no sambódromo.
Fiscais que fazem a conferência dos ingressos na chegada relataram que muitos torcedores chegaram com tickets falsos.
Cerca de uma hora antes da bola rolar, o secretário de Estado da Polícia Militar, o coronel Luiz Henrique Pires, explicou a ação depois da tentativa de invasão ao local do jogo.
– Estamos estabelecendo um perímetro de controle. A gente tem que limpar, aumentar nosso controle sobre quem não tem ingresso no entorno do Maracanã. Então estamos limpando esse público que passou na primeira barreira que não tem ingresso e que tentou entrar. A partir de agora a gente zerou o acesso (…) Estamos fiscalizando, se tiver ingresso vai entrar, se não tiver vai sair. Bastante torcedores sem ingresso – disse ao Rlagos Notícias