TRÊS RIOS – A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Três Rios está no centro de um escândalo após denúncias feitas por um enfermeiro durante sua participação no Podcast Curte Mais. A situação exposta revela não apenas a falta de insumos básicos, como papel toalha, mas também práticas médicas questionáveis que poderiam ter levado a consequências fatais.
O enfermeiro relatou que a equipe da UPA enfrentou a ausência de papel toalha por mais de seis meses, uma situação que os forçou a usar suas próprias roupas para secar as mãos. Esse cenário não apenas compromete a higiene e a dignidade dos profissionais de saúde, mas também coloca em risco a segurança dos pacientes, ao aumentar o potencial de contaminação e propagação de infecções.
Além da falta de recursos básicos, uma ocorrência particularmente grave foi trazida à atenção pública: um médico da unidade prescreveu 15 doses de adrenalina para um único paciente, uma quantidade consideravelmente acima do recomendado. A intervenção atempada e profissional dos enfermeiros evitou a administração dessa prescrição potencialmente letal, salvando o paciente de uma overdose perigosa.
Essas revelações têm abalado a confiança da comunidade em Três Rios no seu sistema de saúde pública e levantam sérias questões sobre a gestão e o monitoramento das práticas médicas na UPA. A denúncia evidencia a necessidade de uma revisão imediata das condições de trabalho e dos protocolos médicos na unidade, além de apontar para uma possível negligência por parte da administração municipal.
O governo local, liderado pelo prefeito Joa, encontra-se agora sob pressão para responder às denúncias e implementar mudanças significativas que garantam a qualidade e a segurança da assistência médica. O episódio deixa clara a importância da vigilância e da responsabilidade em todos os níveis dos serviços de saúde, exigindo medidas imediatas para corrigir as falhas apontadas e restaurar a confiança na saúde pública de Três Rios.