RIO – Circula nas redes socias durante toda a tarde de segunda-feira (28), um vídeo do Vereador Gabriel Monteiro, tendo relações sexuais com uma de suas assessoras, o parlamentar estava em um apartamento no Rio.
Uma reportagem exibida pelo Fantástico da Rede Globo, na noite de domingo (27), a assessora, que não quis se identificar, acusou Gabriel de ter estuprado ela.
— A gente era coagido por ele a prometer para as pessoas que elas ganhariam dinheiro. O que mais doía era quando ele pedia para a gente forjar histórias com pessoas humildes — afirma.
‘Beijar à força’, acusa ex-assessor
Heitor destaca também que era comum o vereador “sentar no colo e tentar beijá-lo” à força. O editor de vídeo disse que processar o parlamentar por calúnia e difamação. O assessor pediu exoneração na última sexta-feira (25).
— Eu trabalhei com ele do final de maio até a última sexta-feira, após eu achar um suporte para eu me expressar e fazer essa denúncia — conta Heitor.
Gabriel Monteiro foi o terceiro vereador mais votado nas eleições de 2020, com mais de 60 mil votos. Na internet, tem 23 milhões de seguidores. Mas a popularidade que ganhou nas redes não é partilhada por seus colaboradores. Além de Heitor, outras quatro pessoas denunciam o parlamentar por vários crimes, entre eles assédio e estupro. Monteiro nega todas as acusações.
‘Ele sentava no nosso colo e pedia beijo’
Heitor conta que era normal Gabriel Monteiro assediar seus assessores. Ele destaca ainda que o parlamentar “gostava de se masturbar perto deles e se vangloriar do tamanho do pênis”. Ele diz que também era comum o parlamentar apalpá-los sem consentimento.
— Ele chegava e começava a roçar nas pessoas. Fui assediado diversas vezes. Às vezes, estávamos editando, eu e o Mateus (Souza, ex-assessor parlamentar de Monteiro), e ele sentava no nosso colo. Era comum. Sentava e tentava beijar a gente à força. Aconteceu coisa pior com a Luiza (Batista, também ex-assessora parlamentar). Ele também colocava o pênis para fora, se masturbava e ficava se vangloriando do tamanho do pênis. Isso tudo acontecia na casa dele. A gente ficava lá no mínimo 12 horas trabalhando — afirma o ex-assessor ao EXTRA.
Ex-assistente de produção de Monteiro, Luiza Batista gravava vídeos para as redes sociais do vereador e contou ao “Fantástico” que ele a abraçava por trás, dizia que a amava, beijava o seu rosto e andava nu:
“Uma vez foi no carro. Ele começou pedindo pra fazer massagem no meu pé (…). Eu tentava tirar o pé e ele segurava. Aí foi começando a passar a mão nas minhas pernas. Foi para o banco de trás e começou a me agarrar, me morder, me lamber”.
Após sete meses trabalhando para o vereador, Luísa disse ter que procurar um psiquiatra:
“Toda vez ele ficava descendo a mão. Cansou de passar a mão na minha bunda. Eu segurando a mão dele. Queria tirar a minha vida (…). Eu me sentia culpada”, relatou ao “Fantástico”.