SÃO PAULO – A Justiça concedeu a progressão para o regime aberto à detenta Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni em 2008. Após cumprir 15 anos de pena, Jatobá foi solta na noite desta terça-feira (20), saindo da Penitenciária Feminina I Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, interior de São Paulo.
A decisão foi assinada pela juíza Márcia Domingues de Castro, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté. O alvará de soltura já foi cumprido e a libertação de Jatobá ocorreu por volta das 19h45, aguardando a chegada de seus familiares.
Desde 2017, quando progrediu para o regime semiaberto, Anna Carolina Jatobá já desfrutava de saídas temporárias autorizadas. Durante esse período, suas atividades fora do presídio eram discretas, raramente sendo vista nas ruas.
O RLagos entrou em contato com a defesa de Anna Carolina Jatobá, que preferiu não se manifestar sobre o caso. O Tribunal de Justiça também não forneceu informações detalhadas, alegando que o processo corre em segredo de justiça.
No regime aberto, o condenado cumpre pena fora da prisão e pode trabalhar durante o dia, devendo se recolher em uma casa de albergado durante a noite. Além disso, são estabelecidas condições específicas para garantir o cumprimento da pena, como permanecer no endereço designado, cumprir horários determinados e comparecer em juízo quando solicitado.
Anna Carolina Jatobá foi condenada juntamente com Alexandre Nardoni pelo assassinato de Isabella Nardoni, filha de Alexandre e enteada de Jatobá. O crime ocorreu em março de 2008, quando a criança foi jogada da janela de um apartamento em São Paulo. O caso chocou o país, sendo tratado pela investigação como homicídio e não uma queda acidental.
A progressão para o regime aberto ocorreu após um pedido da defesa ser analisado pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou que a Justiça de São Paulo avaliasse a solicitação. A decisão do STJ dispensou a realização de um teste psicológico chamado Rorschach, defendendo que essa análise já foi superada pela comunidade científica.
É importante ressaltar que o caso continua sendo acompanhado devido à sua repercussão e impacto na sociedade. A morte trágica de Isabella Nardoni levantou discussões sobre a segurança das crianças e a punição adequada para crimes tão graves.
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