CABO FRIO – Em um episódio que escancara a transfobia que ainda persiste em nossa sociedade, Ariella Nascimento, coordenadora de política da vereadora Benny Briolly, foi brutalmente agredida na madrugada deste domingo (5) em Cabo Frio. Ela estava com seu namorado na comunidade de Manoel Corrêa quando, de acordo com testemunhas, foi vítima de hostilização e violência física por parte de pessoas que se opuseram à sua presença por motivos transfóbicos.
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Ao questionar as atitudes discriminatórias, Ariella e seu namorado foram atacados por pelo menos cinco agressores. O namorado tentou defendê-la, mas ambos foram severamente espancados.
Militantes de movimentos sociais de defesa dos direitos LGBTQIA+ denunciaram o despreparo no atendimento oferecido a Ariella em uma unidade de saúde local. Segundo relatos, ela chegou ao hospital por volta das três horas da manhã, mas até às oito e meia não havia recebido o devido atendimento. A falta de assistência social e a demora na realização dos exames médicos revelaram uma negligência preocupante.
Ariella destacou a importância de denunciar esses casos e pediu que as vítimas de violência LGBTQIA+ procurem entidades competentes para formalizar as denúncias. Ela também ressaltou o apoio do Centro de Cidadania da Baixada Litorânea, uma instituição fundamental para a assistência à comunidade LGBTQIA+ da região.
O caso foi registrado na 126ª DP e acende um alerta sobre a necessidade de se reforçar as políticas de proteção e respeito aos direitos humanos. A busca por justiça e assistência para as vítimas dessa e de outras formas de violência precisa ser uma prioridade das autoridades e da sociedade.
Em nota o Grupo Iguias disse:
O Grupo Iguais e o Instituto Iguais lamentam profundamente a violência sofrida pela mulher trans, Ariella Nascimento @ariela.nascimento na madrugada deste domingo no bairro Manoel Corrêa, em Cabo Frio. Informamos que acompanhamos a vítima, juntamente com a equipe do Centro de Cidadania LGBTI+ da Baixada Litorânea, durante seu atendimento médico no Hospital Central de Emergências (HCE) e também no registro da ocorrência na 126ª DP. A vítima foi medicada e teve um braço imobilizado.
O grupo está estudando ações junto ao poder público para combater a violência institucional denunciada no atendimento à vítima e acompanhantes que estavam com a mesma na unidade de pronto atendimento, antes desta ser levada para o HCE.
“Infelizmente o desleixo com que ela foi tratada depois de ser violentada brutalmente só mostra o quanto ainda precisamos avançar, capacitar e humanizar nossas equipes da área da saúde. Vamos correr atrás dos direitos.
Nesta semana faremos uma visita à Superintendência LGBTI+ da prefeitura de Cabo Frio para cobrar melhorias no atendimento para a população”, explicou Glauce Bizzo, Coordenadora Geral do Instituto
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